sábado, 31 de janeiro de 2009
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Santa Cruz do Capibaribe e a relação entre educação e trabalho
Santa Cruz do Capibaribe é uma cidade industrial e comercial. É também uma cidade extremamente democrática no que se refere a oportunidades. Nela, todos têm acesso à renda. Em outras cidades, há uma relação muito próxima entre o estudo e o trabalho. As pessoas sabem que se não se qualificarem, se não estudarem, estarão excluídas do mercado de trabalho, cada vez mais exigente.
Em Santa Cruz, essa relação praticamente não existe. A indústria local consegue absorver pessoas sem educação formal, sem passagem pela escola. Basta aprender a atividade mecânica da costura, do corte de tecidos, ou da retirada de pontas de linha que o sujeito facilmente se insere no mercado. Nas estamparias os indivíduos também não precisam dos conhecimentos das salas de aula. No comércio, habilidades mínimas de ler e contar são o bastante para a execução do trabalho. Nas feiras, a força física garante o sustento dos carroceiros.
Outro dia estava lendo um livro de um autor local (Israel Carvalho) e vi um dos mais bem sucedidos empresários de nossa cidade dizer que só freqüentou a escola por quinze dias. O perfil predominante do empresariado local ainda é o mesmo: pessoas com quase nenhuma educação formal, mas com uma habilidade enorme para os negócios, para gerar riquezas. Parece que em Santa Cruz, educação atrapalha ou é totalmente dispensável.
O efeito colateral do pouca atenção à educação se reflete no trânsito caótico, na política partidária imatura, na falta de uma política de coleta de lixo seletiva, na desatenção às questões ambientais, na ausência de programas de incentivo à cultura, na carência de ambientes urbanos que favoreçam o lazer e a prática de esportes, na falta de responsabilidade social das empresas (salvo raras exceções).
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Apesar das adversidades naturais (climática, hídrica, geográfica) conseguimos realizar uma grande façanha desejável por todas as cidades do mundo: oferecer trabalho e renda para todos. Em um contexto de crise econômica e financeira global, em que o capitalismo precisa ser redesenhado, talvez seja um momento favorável para nossa cidade dar outro salto, o da educação e da cultura.
sábado, 24 de janeiro de 2009
Deu no Jornal O Globo: “Gato recebia dinheiro do Bolsa Família”
Parece piada, mas não é. O coordenador do Bolsa Família da cidade de Antônio João, no estado do Mato Grosso do Sul, cadastrou seu bicho de estimação no programa do governo federal. O animal, chamado de gato Billy, recebia por mês R$ 20 do Bolsa Família até ser descoberto pela prefeitura da cidade em novembro. O Ministério Público informou que o dono do animal será processado e obrigado a devolver a quantia recebida pelo bichano.
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