sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Por que somos tão omissos?

A situação em que se encontram as ruas de nossa cidade é absurda e inadmissível. Diante disto, é inevitável que se pergunte: trata-se de falta de recursos para reparar as vias ou de incapacidade para gerir as finanças públicas pela nova administração? Seriam os buracos reflexo de nossa omissão como cidadãos (ir)responsáveis?

Todos sabemos como nossa cidade tem um trânsito complicado e perigoso, mas o que já era ruim ficou muito pior com o estado deplorável das vias públicas. Apesar do problema, parece que nós, cidadãos comuns, não temos nada a ver com isso. Esse é o nosso maior equívoco.

A situação do município é sim responsabilidade nossa! O prefeito e os vereadores que NÓS elegemos precisam ser chamados à responsabilidade. São simples funcionários públicos e não semi-deuses. Por que não exigimos providências aos gestores e legisladores? Por que nos mobilizamos tanto durante as campanhas políticas e não durante o mandato? Por que nos abaixamos tão facilmente ao comando de manipuladores de pessoas disfarçados de animadores de comícios e não reivindicamos uma cidade melhor para todos?

A cidade é extensão de nossas casas, nosso espaço comum. Não adianta muito ter uma casa confortável se nossas ruas são esburacadas, sujas e inseguras. Precisamos mudar nossa percepção sobre política e sobre os políticos e amadurecer como cidadãos. Nossa responsabilidade não acaba com o voto, pelo contrário, apenas começa com ele.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Frases

“A educação torna as pessoas fáceis de lidar, mas difíceis de manipular; fáceis de governar, mas impossíveis de escravizar.”
(Lord Henry Peter Brougham)

“Tenha todos os tolos do seu lado e você pode ser eleito para o que quiser.”
(Frank Dane)

"Quando as pessoas temem o 'governo', isso é tirania. Quando o 'governo' teme as pessoas, isso é liberdade."

(Thomas Jefferson)

Escola, sociedade e letramento

Ensinar e aprender sempre fizeram parte da vida humana em qualquer época e em qualquer parte do mundo. No entanto, a educação muda de tempos em tempos e de cultura para cultura e está intimamente ligada às necessidades e às crenças de cada sociedade.

Como sabemos, ensinar é uma atividade corriqueira e faz parte da vida social: os pais que ensinam padrões de conduta aos filhos, suas crenças e práticas religiosas, suas visões de mundo, seus ofícios. Principalmente a partir da Revolução Industrial, a necessidade de mão de obra especializada fortaleceu o movimento de institucionalização da educação: o lar não dava conta do ensino das competências cognitivas especializadas que o mundo do trabalho requeria. Neste contexto, as escolas firmam sua posição e legitimação de instituições educacionais de massa e praticamente detém o monopólio do ensino da leitura e da escrita.

Segundo David Olson, professor e pesquisador da universidade de Toronto, Canadá, “a história da escola é uma reflexo do desenvolvimento histórico da sociedade letrada”. Um acontecimento histórico relativamente recente vem confirmar esta reflexão de Olson: os computadores pessoais e a internet passaram a fazer parte da vida cotidiana em praticamente todas as esferas sociais: governos, lares, universidades, empresas, exércitos, ONGs, etc. Este fato fez com que as escolas, além de manter bibliotecas, precisassem montar laboratórios de informática. Com as novas mídias, ler e escrever se tornaram atividades muito diferentes do que eram há quinze anos atrás e provavelmente serão bastante distintas daqui a uma década.