sábado, 11 de abril de 2009

Parte II
E uniu transcendência e imanência, porque Ele que habitava nessa luz inacessível, mergulhou dentro da fragilidade humana: é uma criança que chora, que nasce num presépio, que se faz pão. Que faz o supremo milagre de transformar água em vinho que vem do sangue de Deus. Então tomemos com sumo respeito todo o vinho, ele guarda um mistério dentro. Então Ele desceu, desceu pro mais baixo. E a atitude mais grandiosa do ser humano, na leitura Cristã, é alavercar-se como o bom samaritano sobre o outro caído, o amor que desce. E nós só podemos cair de joelhos com dignidade diante do outro caído, atrás do qual o próprio Deus se esconde. E no entardecer da vida seremos julgados não porque tivemos transcendência, e comungamos tantas vezes, e obedecemos a todos os dogmas, e nos filiamos às igrejas, e fomos bons dizimistas... Não somos julgados por nada disso! Somos julgados por aquele mínimo de amor que tivemos tido pelo sedento, pelo nu, pelo faminto. Quem teve essa transdescendência, escuta as palavras mais benditas: 'Vinde, herdai o Reino'.

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