A língua é um fenômeno cognitivo, social e cultural. É central na atividade humana, pois é por meio dela que interagimos com o outro e com o mundo. Como nos diz o Lingüista russo Bakhtin, cada esfera da atividade humana elabora seus usos específicos da língua, de modo a atender a seus propósitos. Tais usos vão se repetindo e com o tempo se tornam relativamente estáveis, e passam a figurar como formas tipificadas para a ação das pessoas. Essas formas tipificadas ou relativamente estáveis recebem, nos estudos lingüísticos, o nome de gêneros textuais ou gêneros do discurso. Tudo o que dizemos, seja por meio da fala ou da escrita, se dá por meio de gêneros. Eles estão na sociedade, fazem parte do nosso capital cultural historicamente acumulado, são reconhecíveis, damos nomes a eles: carta, conversa, telefonema, fofoca, bilhete, panfleto, anúncio (só para citar alguns bem comuns). Cada gênero se destina a realizar algo no mundo, eles têm uma função social, por isso, a cada vez que precisamos interagir com o alguém ou com alguma instituição, escolhemos determinado gênero e não outro. Não temos muita liberdade para escolher, quem diz é a própria situação comunicativa.
Um comentário:
Pode-se perceber portanto, que a linguagem é um viés da cultura, assim que a domina de certa forma é que detem o poder.
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