Nunca o ser humano se preocupou tanto com a aparência física. Vivemos numa época de culto ao corpo, cujo altar é a academia e o Deus é o perfeito reflexo no espelho. O problema é que quem determina o padrão de beleza não são especialistas em saúde, mas a indústria de cosméticos, de suplementos alimentares e de remédios.
A indústria da beleza, através das várias mídias de massa (revistas, televisão, outdoors, internet) veicula o corpo perfeito e vendem a idéia de que qualquer um pode alcançá-lo, independente do biótipo do indivíduo. Porém, são padrões de beleza praticamente inatingíveis, tudo para perpetuar o consumo de produtos. Operam, portanto, com a seguinte estratégia: gerar insatisfação nas pessoas para gerar mais consumo. Não é por acaso que a indústria da beleza tornou-se um dos negócios mais lucrativos neste início de século.
Uma outra conseqüência do culto exagerado ao corpo é conceber a velhice como algo totalmente negativo, que deve ser evitada a todo custo, como se pudéssemos parar o tempo e driblar a condição humana. Para isso, a indústria oferece seus produtos e serviços mágicos: cremes, hidratantes, tinturas para os cabelos, botox, cirurgias plásticas, etc.
O cuidado com o corpo deve, evidentemente, fazer parte do projeto de vida do ser humano e contribuir para a saúde e para o bem estar do indivíduo. O problema surge quando o bom senso cede lugar ao excesso e começa a gerar problemas tais como a negação de si, a bulimia, a anorexia, a baixa auto-estima, a prática excessiva de exercícios físicos, tudo em nome de uma perfeição perversa e muitas vezes inatingível.
Um comentário:
ola!a tua discussão é muito importante,acredito que contribuirá para que as pessoas busquem ver a beleza enquanto uma dinâmica que promova vida e as faça bem e não como uma prática que escravisa.
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