Nas sociedades modernas, a escrita assume um papel central. Não faz muito tempo, especialmente no nordeste, a palavra falada tinha papel importante nos acordos entre pessoas, pois representava o compromisso com a honra, com a moral, com o bom caráter. Hoje, a palavra falada perdeu sua força e deu lugar a palavra escrita. Não se faz mais contratos sérios “de boca”. Se não tiver registro em papel, não tem validade.
A maior parte das atividades humanas atuais envolve algum tipo de contato com a escrita. Basta sair à rua para percebemos a centralidade que ela assume: placas, outdoors, fachadas de lojas, faixas, pinturas em muros, cartazes, panfletos, banners, adesivos em carros, recibos de compras. No supermercado, praticamente todos os produtos têm informações escritas. As contas que recebemos em casa e as transações comerciais e bancárias também.
A nova era digital reforçou o uso da escrita, mas a associam a imagens, sons, cores e tamanhos de fontes variados, tabelas, gráficos, diferentes layouts, etc. A escrita também virou virtual, não mais presente apenas no papel: está na tela do computador, no visor do celular, no caixa eletrônico, no e-book e no mp9. Não há dúvida que vivemos em um mundo verdadeiramente grafocêntrico.