Em nossa o cultura, a criança do sexo masculino é incentivada para a iniciação da prática sexual de forma precoce. Com as meninas, ocorre o contrário. Isso se dá por duas razões. A primeira é relacionada à gravidez, pois ter um filho não planejado, sem que haja uma formação familiar prévia e em idade precoce, pode comprometer a vida das meninas, já que são elas que acabam assumindo a maior responsabilidade com o bebê. A segunda é de ordem mais cultural. Ao contrário das meninas, os meninos precisam provar à sociedade que são ‘machos’ e isso é feito através da iniciação sexual. Ser virgem ou ‘donzelo’, como costumamos chamar aqui no nordeste, é motivo de chacota. Por isso, os meninos se veem com a missão urgente de sair desta condição e provar aos amigos que merecem o título de homem. Não faz muito tempo, alguns pais chegavam até a levar os filhos aos prostíbulos para a iniciação sexual.
Os adultos do sexo masculino, já casados, se deparam com outra cobrança: precisam continuar provando que são ‘machos’ através da prática sexual extraconjugal. É só olharmos ao redor para comprovar isto. Algumas letras de música são um exemplo interessante, quem não lembra do ‘casado também namora, casado é namorador longe da sua senhora’ e ‘quer ir mais eu vamos, quer ir mais eu vambora, beber, raparigar, fazer zueira...’ e também ‘há três coisas na vida que não deixo de fazer, dançar forró do bom, raparigar e beber’.
Os adultos do sexo masculino, já casados, se deparam com outra cobrança: precisam continuar provando que são ‘machos’ através da prática sexual extraconjugal. É só olharmos ao redor para comprovar isto. Algumas letras de música são um exemplo interessante, quem não lembra do ‘casado também namora, casado é namorador longe da sua senhora’ e ‘quer ir mais eu vamos, quer ir mais eu vambora, beber, raparigar, fazer zueira...’ e também ‘há três coisas na vida que não deixo de fazer, dançar forró do bom, raparigar e beber’.
Longe de pregar o puritanismo, penso que são conceitos que precisam ser revistos e discutidos, pois comprometem a qualidade de vida das pessoas e podem conduzir a situações desastrosas. A meu ver, trata-se também de uma questão de saúde e principalmente de segurança pública, pois quantas famílias não são desestabilizadas com essa ‘cultura da virilidade masculina’. Como sabemos, a prática de violência não tem única causa na miséria, mas fundamentalmente na desestruturação familiar.
(veja aqui outro artigo do blog que trata deste assunto)
2 comentários:
Oxente, que santidade é essa? Vc sabe que o macho não tem como escapar das tentações, criadas pelas próprias mulheres. E tem tb a questão hormonal.
muito interessante seu artigo, gostei muito da sua forma de tratar deste assunto, tão delicado e ao mesmo tempo brutal vivido diariamente em nosso pobre sociedade. Lembranças de Jataúba!
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